Do curso: Fundamentos do Planejamento Estratégico

Como evitar armadilhas comuns

Do curso: Fundamentos do Planejamento Estratégico

Como evitar armadilhas comuns

Ao analisar a estratégia de sua organização e seu processo de planejamento estratégico atual, é fundamental entender que pode haver grandes armadilhas. Primeiro: falta um direcionamento claro? Caso sua organização não consiga dizer claramente “é nesta direção que vamos, é por isso que existimos e é assim que queremos ser dentro de 3 a 5 anos”, pode estar faltando direcionamento. Segundo: você sabe dizer “não” ou diz “sim” para tudo? Observe o último conjunto de iniciativas exploradas no ano passado. Quantas fracassaram? Quantas deveriam ter sido evitadas? Isso indica que está faltando dizer “não”. A seguir vem a falta de prioridades. Observe as grandes iniciativas em que todos estão trabalhando. Todas têm os recursos adequados ou existe uma defasagem? Se houver vários projetos estagnados ou atrasados, provavelmente faltou fornecer os recursos adequados e o processo de definição de prioridades não funciona. Em seguida, falta de diversificação. Ao analisar seu portfólio de iniciativas, há uma concentração excessiva em um mercado ou produto específico, ou suas apostas estão espalhadas? A próxima armadilha é “deixar as crianças com fome”. Todos os recursos estão indo para o grande negócio principal, que gera a maior parte do lucro, enquanto todas as ideias ótimas nunca são financiadas? Por último, falta de revisão periódica da estratégia. É preciso atualizar o planejamento estratégico pelo menos uma vez por ano. Isso não significa refazer todos os exercícios, mas sentar e validar o mercado, examinar a análise SWOT, suas competências principais, visão e missão e perguntar: “Isso ainda é válido e relevante?” Vamos a um exemplo real, pois são riscos enormes. Conheço uma empresa de embalagens que apresentou falhas em várias dessas questões. Primeiro: faltava um direcionamento claro. Tudo parecia interessante, e a empresa estava muito disposta a explorar algo se o retorno financeiro fosse atraente. Segundo: a empresa não sabia dizer “não”. Quando surgia algo com uma taxa de retorno razoavelmente alta, normalmente a empresa explorava. E terceiro: ela não analisava o risco da diversificação. Estava tão concentrada em um conjunto específico de novas iniciativas e novos mercados que assumia riscos excessivos. Essas falhas se manifestaram da seguinte forma: a empresa fez uma aquisição por cerca de US$ 100 milhões em um mercado totalmente novo e desconhecido, baseando-se no fato de o retorno financeiro parecer muito atraente. Resumindo a história, a empresa perdeu cerca de US$ 2 a 5 milhões por ano e, depois de três anos, percebeu que não sabia administrar bem o negócio e não entendia o mercado. A empresa deu baixa no negócio e o encerrou. Portanto, essas armadilhas são reais. Faça o diagnóstico. Ao analisar sua estratégia global, faça a si mesmo essas perguntas, para garantir uma estratégia viável e que ajude a alcançar os objetivos gerais.

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